Eu sempre soube que a vida é puro movimento
Quando pequena viva correndo, pulando, girando
Ia para onde meus pais me permitiam, porém
Excepto quando minha curiosidade me incitava
Tinha um grupo de amigos exploradores
Amigos confidentes e amigos de peraltices
Minha infância foi de tantas brincadeiras
Nos parques de merendas, jardins, escolas
Na juventude então eu me senti grande
Acreditava que poderia mudar o mundo
Vivíamos em bandos e cheios de alegria e graça
Em danceterias, correrias, protestos, baladas
Hoje, tenho descoberto, que meus movimentos
Não são coordenados e que estão debilitados
Mas não aceito olhares de pena ou de aversão
E ter tantas dificuldades em fazer novos amigos
Também não aceito não poder ir e vir
A acessibilidade inclusiva ainda é uma ficção
Muitas calçadas, transportes, centros comerciais
Exposições, teatros, cinemas, moradias estão ainda inacessíveis
Por que somente agora eu percebo isso?
Hoje, tenho descoberto, que meus movimentos
Não são coordenados e que estão debilitados
Mas não aceito olhares de pena ou de aversão
E ter tantas dificuldades em fazer novos amigos
Também não aceito não poder ir e vir
A acessibilidade inclusiva ainda é uma ficção
Muitas calçadas, transportes, centros comerciais
Exposições, teatros, cinemas, moradias estão ainda inacessíveis
Por que somente agora eu percebo isso?
Poema feito após a foto
Gisleine Martin
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